sábado, 22 de agosto de 2009

ANATOMIA DA PRINCESA DE MEIA PATACA II

Em cada sorriso perdido, faz, acontece e aparece. Mandou mensagem, se fez de besta e só ganhou chute de sapato gasto. Menina burra de coração apertado. Faz tipo de senhora, mas é uma adúltera, a puta. Esfrega o colo no amante moribundo e nada. Coitada da linda mulher triste no sapatinho de princesa passando, parangoleando, pisando pouco a pouco, e sentindo que na sua nuca falta álcool. Grande puta que procura um pinto de consolo. Grande coração que se entrega ao amante seco. Bela mulher que se estraga no marido vazio. A Rosa enganou a todos subindo pelas paredes parecendo balbuciar o gozo gostoso, quando ela sabia, desde sempre, que aquele era o gozo final. Ufa! Enfim a menininha morreu. Menos uma puta no mundo, menos uma santa no mundo, menos ela no mundo. Linda mulher morta no chão do quarto. Com meio sorriso nos lábios, a vagina seca e frígida, o biquinho dos seios machucado pelas escolhas erradas. O coração parecia bater. Apenas reflexos. Era costume. A vida inteirinha batendo sem parar, como um relógio com o cuco estragado. Quando bate hora fechada, nada sai, nem gozo, nem sorriso, nem grito, nenhum passarinho! Cheguei a pensar que a bela era cuca estragada. Na realidade não era. A mulher só não sabia de nada, nem de jogos, nem de apostas, nem de cavalos. Na verdade ela era só uma péssima jogadora, a égua.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ANATOMIA DA PRINCESA DE MEIA PATACA


Era uma vez uma Princesa que morava na província de Curitiba, no lado sul do Reino República e Grêmio Recreativo do Pau Brasil. A Princesa sofria de uma doença incurável: Putice aguda. Era uma vez um Príncipe metido a engraçado que também morava no mesmo reino e sofrera uma grave maldição: A Maldição do Complexo de Peter Pan. Um belo dia, (uma semana antes dela ter consumado o amor com outro príncipe, e ele ter torrado o dinheiro do Rei em dadinhos e gibis), os dois se encontraram num sábado nublado sem nada para fazer e resolveram brincar de amiguinhos. Depois resolveram brincar de namoradinhos, e por fim, resolveram brincar de casinha. Tudo poderia ter acabado muito bem, eles brigariam e nunca mais colocariam os olhos um no outro. Mas, quando brincar de casinha já estava perdendo a graça, o Príncipe foi a guerra sem escudo, e como consequência, o lindo casal recebera uma semente que germinou e se tornou um menino (de verdade, não de madeira). E agora eles estão atrelados e presos um no outro,(como num sono profundo da Bela Adormecida), até que se passe 18 primaveras desde que a semente se tornou menino. Estaguinados. Atualmente o Príncipe e a Princesa, brincam de envelhecer.