Bobas coincidências. Desnecessárias feito tarot, reconfortantes como destilado.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
ANATOMIA DO CÂNCER
Explodir em si, sem explodir o mundo, requer treino.
Explodir o mundo, sem se explodir, requer desapego
Explodir o mundo, sem se explodir, requer desapego
ANATOMIA DE VINÍCIUS
Por você Vinícius, abriria mão dos meus conceitos, acreditaria em casamento, em signos e em cafajestes. E seria, sem culpa alguma, sua 10ª mulher!
"A mulher de leão Brilha na escuridão.
A mulher de leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.
A mulher de leão não tem perdão.
As mulheres de leão Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de leão!
São ciumentas e antagônicas Solares e dominicais Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais"
Vinícius de Moraes
"A mulher de leão Brilha na escuridão.
A mulher de leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.
A mulher de leão não tem perdão.
As mulheres de leão Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de leão!
São ciumentas e antagônicas Solares e dominicais Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais"
Vinícius de Moraes
sábado, 5 de maio de 2012
ANATOMIA DAS PAIXÕES INFLAMADAS II
Já saturada de "paixões inflamadas", fui naquela que destrói dentes excedentes e extrai o siso. Como desde muito pequena sempre fui muito dramática tirei os quatro apaixonados de uma vez só. E nessa descobri que a ausência dói mais que aquela maldita presença inflamada. Os
outros dentes estranharam bastante, com o espaço de sobra e sem as distrações, ingenuamente imaginei que tudo ficaria bem, que aquela dor do C#$%LHO finalmente se dissiparia, afinal, literalmente tirei o mal
pela raiz. Mas por algum erro de calculo e uma exagerada ingenuidade descobri que a dor piorou exatos mil por cento e os dentes que ficaram estão completamente desnorteado, alguns deles acham que na verdade são eles próprios que doem. Os pobrezinhos tomaram pra si o problema, mas de diversas formas. O meu pré molar
por exemplo, tem certeza que está com uma cárie, ele sente dor, o vazio e aquela sensação de ventinho,
passo a escova pra mostrar que não tem vazio nenhum, mas mesmo assim ele só
dói. Os caninos estão angustiados, é só encostrar que eles dão choque, não
sabem bem porque, mas o fazem. O incisivo superior deu pra relembrar do dente
de leite que veio antes dele, um saudosismo exacerbado , fica redizendo como era bom ter alguém na linha
de frente, que na verdade ele nunca quis pra ele esse titulo de "Incisivo Superior
Permanente", por ele o de leite seria o definitivo. Tentei explicar que agora ele é um dente adulto e independente, que já faz tempo que o de leite não esta mais lá, que é preciso superar, e que esse é o processo natural... mas não adianta, o incisivo não nota que joga no de leite a falta que
o siso faz. Mas a reação do molar inferior me impressionou muito, o esquerdo no
caso, que o direito esta numa depressão que nem te conto. O molar inferior
esquerdo deu pra trabalhar 24 horas por dia, qualquer coisinha que possa
mastigar, ele mastiga, acho que se colocar um prego ali, ele da um jeito de
engolir. Ele acha que trabalhando feito um condenado vai esquecer de tudo que
incomoda e machuca. Esses dentes que fingem que nada aconteceu, são os que eu
mais me preocupam. Nunca entendi como as ausências se fazem tão presentes.
ANATOMIA DO APERTADO
Acordei com a certeza que o mundo é pequeno. O tempo passa e
eu descubro que nada mais é mistério. Sufocada, nesse mundo todo que parece
conhecer todo mundo. Conhece. Ou ouviu falar, uma historinha pra contar.
Gostava mais quando era misterioso, quando imaginava que aquilo existia só pra
mim. Quando a minha solidão era menos complexa e as minhas dores mais
distantes. Achava que o mundo era Poema de Sete Faces, mas vejo que é Quadrilha.
Bom, dos males o pior, pelo menos o mundo ainda é Drummond.
sábado, 28 de abril de 2012
ANATOMIA DAS PAIXÕES INFLAMADAS
Agora entendi tudo!
Veja bem, quando diziam "paixões inflamadas", sempre me vinha na cabeça uma fogueira alta, vários galões de gasolina... shuapt, boom... Cores vermelhas estalando...
Agora entendi que a foto é outra: "paixões inflamadas" é um como um dente do siso em pré operatório. Doente, cheio de pus, saliva grossa, e que deve ser tirado de vc, antes que adoeça a boca toda, é tudo molenga, mal cheiroso e de cor amarela creme.
Talvez esse tenha sido o meu problema a vida inteira, a maldita da imagética.
Veja bem, quando diziam "paixões inflamadas", sempre me vinha na cabeça uma fogueira alta, vários galões de gasolina... shuapt, boom... Cores vermelhas estalando...
Agora entendi que a foto é outra: "paixões inflamadas" é um como um dente do siso em pré operatório. Doente, cheio de pus, saliva grossa, e que deve ser tirado de vc, antes que adoeça a boca toda, é tudo molenga, mal cheiroso e de cor amarela creme.
Talvez esse tenha sido o meu problema a vida inteira, a maldita da imagética.
ANATOMIA DA INTIMIDADE
E depois que todas as
lágrimas caírem. E depois que todos os espelhos quebrarem? Minha intimidade é
dislexa como os espelhos. Como o delta de um rio. Minha intimidade se esconde
na camada mais densa da pintura, na raiz mais profunda, no silêncio mais fundo
de uma pausa... Minha intimidade é um espelho denso onde se revela uma vontade
desesperada de mergulhar dentro de mim mesmo, e outra vontade agonizante de
nunca mais sentir essa solidão atroz. Mesmo assim, eu só tenho pra oferecer
essa intimidade vazia e branda, como poças d’água depois da chuva. Esse é meu
jeito de tentar entender o mudo diálogo dos espelhos. E o que vai restar (de
mim), depois que todas as lágrimas caírem, e depois que todos os espelhos
quebrarem?
ANATOMIA DO QUASE AMOR
Me deu sorrisos, aventuras
Me mostrou Nina Simone
E num
surto de si mesmo, partiu.
ANATOMIA DA INADEQUAÇÃO
Amarrada
a corda errada.
Quase sempre deslocada
Quase sempre deslocada
E
sempre ocupando mais espaço que o normal
Cada vez mais estrangeira, estrangeira em qualquer lugar.
Mais estrangeira...
Menos face.
Cada vez mais estrangeira, estrangeira em qualquer lugar.
Mais estrangeira...
Menos face.
Sem
face. Compraria uma. Usaria de bom grado.
Uma
paz. Identidade. Passaporte.
Mas, aqui.
Mas, aqui.
Presa
a uma corda, com um nó que eu mesma dei.
Agindo
como culpada, cúmplice, marginal.
Agindo
como culpada mesmo sem saber o que realmente é a culpa.
Amarrada a uma corda por um nó que não sei mais desatar
Amarrada a uma corda por um nó que não sei mais desatar
Garganta
seca da poeira dessa terra que nunca foi minha.
Mesmo
que minha bolsa tenha arranhado esse calcário frio.
Nada
aqui me reflete, nada aqui me acarinha.
Dessa
mãe rígida, que deixa os filhos sem face escorrerem perna abaixo.
Amarrada
a uma corda emaranhada
Feito
gata na lã, me divirto no meu próprio embaraço
Palhaço
em fim de festa de criança mimada.
Equilibrada
pelos calcanhares, feito louco de cartomante
Amarrada
feito Judas em dia santo.
Inadequada
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
ANATOMIA DE UM CRIME
Não deveria ser necessário ratificar esse tipo de coisa!
Estupro não é sexo
"Infelizmente ser biscate não é só assumir o controle dos seus desejos e corpo, porque o mundo, machista como é, insiste em não apenas ignorar nossa atitude como insiste também em tentar controlar nossos corpos, desejo e prazer. E o faz através da maneira mais cruel e perversa, e que atinge tanto biscates quanto mulheres incríveis, da violência. E como o assunto do momento é o estupro de uma “biscate”, é sobre isso que precisamos falar.
Estupro não é sexo. Estupro não é uma vontade incontrolável de dar prazer à outra pessoa mesmo que ela não saiba que quer muito isso. Estupro não é um favor, não é um acidente, não é uma empolgação. Estupro é uma violência que decorre de uma relação de poder. No estupro, aproveita-se da vulnerabilidade do outro.
Precisa de exemplo? Apontar a arma pra uma pessoa na rua a deixa vulnerável. Bater numa pessoa a deixa vulnerável. Ameaçar o emprego, a família, os amigos a deixa vulnerável. Estar bêbada, dormindo, drogada, é estar vulnerável. Aproveitar-se de relações de trabalho ou familiares pra forçar sexo é aproveitar-se de vulnerabilidade. Não importa se é um marido, namorado, colega, amigo, vizinho, desconhecido, não importa o grau de intimidade e confiança… Tocar, se esfregar, penetrar, inserir objetos no corpo da outra pessoa sem que ela deseje isso e consinta explicitamente sem coação de nenhuma ordem, É VIOLÊNCIA.
Entenda: estupro não tem atenuante. Mulher pode gostar de sexo, de beber, usar roupas provocantes e se divertir e isso não dá a ninguém o direito de estuprá-la. Vamos desenhar, atenção: Não é porque ela estava bêbada que pode estuprar. Não é porque ela estava na rua sozinha depois das 22hs que pode estuprar. Não é porque ela estava com um grande decote, saia curta ou maquiada que pode estuprar. Não é porque ela é prostituta que pode estuprar. Não é porque ela dá pra todo mundo que tem que dar prá você também. Não é porque ela é gostosa que pode estuprar. Não é porque ela dança de forma provocante que pode estuprar. Não é porque ela é “feia” e nunca ia arrumar namorado que pode estuprar. Não é porque ela concordou em conhecer sua coleção de figurinhas de jogadores das seleções asiáticas de futebol que pode estuprar. Não é porque ela se deitou com você e ficou trocando carícias embaixo do edredom que pode estuprar. Não pode usar força, não pode insistir com ameaças, não pode se aproveitar que a pessoa dormiu, não pode chantagear.NÃO PODE ESTUPRAR!
Quando alguém diz não, significa exatamente isso: NÃO. Não importa o que ela “quer dizer”, importa o que ela efetivamente disse. E se a pessoa está desacordada, bêbada, drogada ou sonolenta e não tem condições de dizer sim ou não, saiba: é sempre não. Se a pessoa não pode decidir, guarde a viola no saco (guarde o pinto dentro da cueca) e espere outro momento.
Para os que se perguntam se a responsabilidade não é dos dois, um esclarecimento: a culpa de ser estuprada não é da vítima. Não, ela não provocou. Ela tem o direito de vestir o que quiser, de beber o quanto quiser, de dançar, sorrir, beijar e decidir não fazer sexo. O corpo dela não é brinquedo. Ela é uma pessoa, com liberdade e direitos. Essa é a parte que o moralismo parece esquecer. As mulheres são sujeitos e têm direitos. As mulheres não estão no mundo para provocar ou satisfazer os homens. Estão por aqui pra ser felizes, tal como eles. Antes de apontar o dedo e afirmar que ela mereceu a violência sofrida, é bom pensar que os agressores não são previsíveis. Estupra-se criança, idosas, estupra-se mulheres cobertas da cabeça aos pés, estupra-se homens, meninos, estupra-se freiras e prostitutas. Estupra-se mulheres que bebem e estupra-se as abstêmias. Porque sempre a culpa é da mulher? Porque é tão mais fácil dizer que ela deu sopa, que “pediu por isso”, que “fez por onde”? Não é o “dar sopa”, ser biscate, estar bêbada ou “a mão” que a torna alvo do estupro. Homens estupram porque acham que podem, que têm esse direito, que o mundo lhes serve. É relação de poder, pura e simples.
Então, você mulher “direita” que está aí se dando o direito de julgar e apontar o dedo para a “biscate” e dizer que “ela pediu”, “mereceu” ou no mínimo que “aguente as consequências dos SEUS atos” (como se ela tivesse escolhido ser estuprada), saiba que você não está a salvo de um estupro e toda a sua “direitice” e moralismo não irão te salvar na hora em que algum homem te olhar e achar que pode se satisfazer no teu corpo mesmo contra a tua vontade. Porque a violência contra a mulher é ampla e democrática, não julga comportamento, idade, cor, profissão, classe social, origem."
"Não são as mulheres que precisam aprender a evitar e se prevenir contra estupros, são os homens que precisam aprender que não podem estuprar."
fonte: http://biscatesocialclub.wordpress.com/2012/01/16/estupro-nao-e-sexo/, postado em 16/01/2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
PURO
Eu gosto
É belo. É puro. É sagrado.
É desejo incansável de alma leve.
É puro. É desejo. É sagrado, e eu gosto.
Gosto de me ver, de me sentir...
Senti?
Eu gosto, eu gozo,
e é puro, e é sagrado, e é inteiro...
Eu sou minha, a alma é leve, a alma é livre.
É puro, é um rio profundo.
É belo. É puro. É sagrado.
É desejo incansável de alma leve.
É puro. É desejo. É sagrado, e eu gosto.
Gosto de me ver, de me sentir...
Senti?
Eu gosto, eu gozo,
e é puro, e é sagrado, e é inteiro...
Eu sou minha, a alma é leve, a alma é livre.
É puro, é um rio profundo.
SECO
Seco. Árido. Queimando.
Expulsa pelos pêlos a fumaça negra.
A pele racha.
O sangue se arrasta denso e lento no corpo fechado.
Nada mais dói.
Só a cabeça.
Pulsa.
Pensa.
Nunca pausa.
Esperando uma tempestade que nunca vai acontecer.
Falta tudo.
Nada serve.
Nem chuva em tarde de verão.
Nem banho em solidão escrava.
Água na pele como água no vidro.
Bate.
Nada absorve.
Nada modifica.
Seco.
A pele racha.
Não limpa.
Não minha.
Não sua.
Não transpira.
Sangue compressa
Corte Seco.
Meio da cabeça até a planta do pé.
Sangue com pressa
Fluído. Pelo ralo.
Do coração pro ralo.
Do chuveiro pra cicatriz.
Água na cicatriz. Talvez doa.
Menos seco?
Não dói.
Seco.
Sem Vinho.
Sem sangue.
Sem corte.
Seco.
Não dói.
O cuidado com tudo.
Tudo na hora certa – Assim não dói –
Tudo no lugar – Assim não dói –
Tudo programado.
Tudo seco.
Árido. Não dói.
Planejado.
Burocrático. Nada dói.
Protegido.
Seco. Não dói.
Árido, queimando fora.
Expulsa pelo sangue o gozo parado.
A pele pelo pêlo.
Fumaça de sauna seca.
Nada mais dói.
Seco.
Talvez.
Uma lágrima.
Só.
Rolando sincera e doída.
Só uma.
E uma dor. Verdadeira e latejante.
Menos Seco.
Viver uma vez a derrota. A morte.
Nem tanto.
Talvez manha com machucado bobo.
Choro doído de horas por um falso amor adolescente.
Dor legítima.
Casar quatro vezes. Todas por amor.
Rir sem motivo, de coisas sem sentido.
Beber feito apaixonada.
Acelerar sem o medo do sopro.
Correr, tropeçar.
Amar feito vadia viciada.
Correr, poste.
Parar.
Gozar dentro. Várias vezes.
Qualquer coisa menos seca.
Segue.
Senti?
Seco.
Seco. Árido. Queimando por dentro.
Expulsa a fumaça negra pelos pêlos.
A pele se arrasta, densa e lenta.
O sangue racha no corpo fechado.
Expulsa pelos pêlos a fumaça negra.
A pele racha.
O sangue se arrasta denso e lento no corpo fechado.
Nada mais dói.
Só a cabeça.
Pulsa.
Pensa.
Nunca pausa.
Esperando uma tempestade que nunca vai acontecer.
Falta tudo.
Nada serve.
Nem chuva em tarde de verão.
Nem banho em solidão escrava.
Água na pele como água no vidro.
Bate.
Nada absorve.
Nada modifica.
Seco.
A pele racha.
Não limpa.
Não minha.
Não sua.
Não transpira.
Sangue compressa
Corte Seco.
Meio da cabeça até a planta do pé.
Sangue com pressa
Fluído. Pelo ralo.
Do coração pro ralo.
Do chuveiro pra cicatriz.
Água na cicatriz. Talvez doa.
Menos seco?
Não dói.
Seco.
Sem Vinho.
Sem sangue.
Sem corte.
Seco.
Não dói.
O cuidado com tudo.
Tudo na hora certa – Assim não dói –
Tudo no lugar – Assim não dói –
Tudo programado.
Tudo seco.
Árido. Não dói.
Planejado.
Burocrático. Nada dói.
Protegido.
Seco. Não dói.
Árido, queimando fora.
Expulsa pelo sangue o gozo parado.
A pele pelo pêlo.
Fumaça de sauna seca.
Nada mais dói.
Seco.
Talvez.
Uma lágrima.
Só.
Rolando sincera e doída.
Só uma.
E uma dor. Verdadeira e latejante.
Menos Seco.
Viver uma vez a derrota. A morte.
Nem tanto.
Talvez manha com machucado bobo.
Choro doído de horas por um falso amor adolescente.
Dor legítima.
Casar quatro vezes. Todas por amor.
Rir sem motivo, de coisas sem sentido.
Beber feito apaixonada.
Acelerar sem o medo do sopro.
Correr, tropeçar.
Amar feito vadia viciada.
Correr, poste.
Parar.
Gozar dentro. Várias vezes.
Qualquer coisa menos seca.
Segue.
Senti?
Seco.
Seco. Árido. Queimando por dentro.
Expulsa a fumaça negra pelos pêlos.
A pele se arrasta, densa e lenta.
O sangue racha no corpo fechado.
SEM CHÃO
Pés em chão de nuvens. Mãos segurando cordas sem fim atadas ao céu. E se me atirasse agora na terra? Será que ainda conseguiria tocar o chão? Caminho sem chão. E continuo olhando o horizonte, e continuo subindo nessa corda... E quando chegar às estrelas aonde ela esta amarrada, vou, enfim, chegar ao meu país. Mas, enquanto essa corda for infinita... Não sou a chegada. Não sou o regresso. Ainda sou o caminho.
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