Amarrada
a corda errada.
Quase sempre deslocada
Quase sempre deslocada
E
sempre ocupando mais espaço que o normal
Cada vez mais estrangeira, estrangeira em qualquer lugar.
Mais estrangeira...
Menos face.
Cada vez mais estrangeira, estrangeira em qualquer lugar.
Mais estrangeira...
Menos face.
Sem
face. Compraria uma. Usaria de bom grado.
Uma
paz. Identidade. Passaporte.
Mas, aqui.
Mas, aqui.
Presa
a uma corda, com um nó que eu mesma dei.
Agindo
como culpada, cúmplice, marginal.
Agindo
como culpada mesmo sem saber o que realmente é a culpa.
Amarrada a uma corda por um nó que não sei mais desatar
Amarrada a uma corda por um nó que não sei mais desatar
Garganta
seca da poeira dessa terra que nunca foi minha.
Mesmo
que minha bolsa tenha arranhado esse calcário frio.
Nada
aqui me reflete, nada aqui me acarinha.
Dessa
mãe rígida, que deixa os filhos sem face escorrerem perna abaixo.
Amarrada
a uma corda emaranhada
Feito
gata na lã, me divirto no meu próprio embaraço
Palhaço
em fim de festa de criança mimada.
Equilibrada
pelos calcanhares, feito louco de cartomante
Amarrada
feito Judas em dia santo.
Inadequada
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